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domingo, 21 de dezembro de 2008

Debate do Movimento Estudantil combativo

Acompanhem o breve relato dos principais pontos abordados no debate.

Foi realizado no último sábado, 13 de dezembro, o evento de debate do Movimento Estudantil combativo e classista do DF, que contou com cerca de 20 pessoas, trabalhadores e estudantes. Buscamos nesse fim de ano fazer uma retrospectiva de nossas lutas para assim reorganizar nossa militância para as próximas que virão em 2009.

O evento foi divido em dois blocos. O primeiro tinha por tema a "Análise de Conjuntura", e foi aberto com falas no sentido de compreender a dinâmica da luta de classes e como o movimento estudantil está inserido nela, entendendo como a educação atual reproduz as estruturas sociais desiguais do capitalismo. Dentro desse conflito entre as classes, foi frisado que os estudantes devem tomar uma postura clara de luta ombro-a-ombro com os trabalhadores em defesa dos diretos do povo, ressaltando, sobretudo, a necessidade de rompimento e combate aos setores parlamentaristas e reformistas que hoje, como força majoritária, burocratizam e traem lutas da classe trabalhadora. Justo por isso, como vínhamos denunciando tanto os governistas do PCdoB/UJS/UNE e a direção petista do SINPRO/CUT, também analisamos as traições exercidas pelos para-governistas¹, como é o caso da "Conlute"(PSTU) e FOE-UNE (PSOL), que neste ano também sabotaram diversas lutas (vide: ocupações na UNB e USP).

Lembramos ainda o duro ano que tivemos e os esforços em dar um primeiro passo na reorganização dos estudantes secundaristas no DF, cujas escolas foram duramente atacadas pelo GDF com sua política de ensino neoliberal, de privatização e sucateamento.

Construir um Movimento Estudantil Classista desenvolvendo sempre métodos de ações combativas e pela democracia direta, negando o cupulismo e a conciliação de classes, foi o acúmulo e o pontapé para as discussões do segundo bloco. Frisamos a necessidade de em 2009 desenvolvermos um maior trabalho de base nos colégios, para que este possa resultar no avanço da reorganização estudantil através de oposições e grêmios e que avancem conseqüentemente na articulação e solidariedade entre essas entidades (secundaristas e universitárias) para construirmos a luta geral. Ressaltamos a necessidade de estreitar laços nacionais com organizações estudantis revolucionárias do Brasil, assim como já iniciamos com os companheiros da ADE-RJ (Ação Direta Estudantil).

Foram discutidas outras diversas propostas organizativas e pautas de luta concretas para a construção do movimento, as quais serão encaminhadas no início do ano letivo em nossas reuniões e lutas! Convocamos todos os estudantes do povo a se unirem as nossas fileiras para juntos construirmos uma educação justa! ATÉ A VITÓRIA SEMPRE!

DESTRUIR A EDUCAÇÃO NEOLIBERAL!

CONSTRUIR A GREVE GERAL!

AVANTE! Trabalhador e estudante!


Participaram do evento estudantes do: CEAN – Grêmio Juventude Combativa, Setor Oeste – Oposição ao grêmio , Elefante Branco – Grêmio Ação Direta Estudantil, CEM 01 de Brazlândia – Grêmio Estudantil, GISNO, UNB – Oposição CCI ao DCE e pré-vestibulandos, além de companheiros da UNIPA – União Popular Anarquista e da oposição URDF - União dos Rodoviários do DF.

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¹- A prática para-governista se caracteriza pela contradição de afirmar no discursiva a luta contra o governismo sem no entanto realizar o necessário rompimento organizativo, ou seja, na prática, com os movimentos ligados ao governo.

6 comentários:

Unknown disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Anônimo disse...

20 pessoas?

Anônimo disse...

3 diretorias de grêmios, uma oposição a um grêmio, uma oposição da UnB e uma oposição sindical juntando 20 pessoas? vocês tão mal hein, nesse ritmo quem sabe daqui uns 20 anos vocês não juntem "cerca de 100 pessoas"...

Sinto informar mas movimento precisa de gente, e se mesmo na diretoria de grêmios e juntando militantes de vários movimentos vocês juntam 20 pessoas, mostra que ou a política de vocês está errada ou que vocês são muito ruins de convencimento, militância e mobilização.

Pra terminar, um aviso sincero: aquele careca que aparece na última foto (canto inferior direito) da foto no blog de vocês é da Abin, falo sério.

Cuidado com as infiltrações...

Anônimo disse...

Faço parte da luta secundarista aqui em brasília e este ano o movimento avançou muito, seja em termos de organização ou de politização, estamos, ainda que vc diga que não, crescendo nossa atuação nas escolas, tendo que lutar contra a falta de participação da juventude e com a total desorganização que encontramos o nosso movimento hoje (muito graças a práticas pelegas da UBES, MPL, UMESB, e outros lixos fantasmagóricos...).

O debate foi organizado de forma aberta, para juntar os militantes combativos (que organizam a luta em seus locais de estudo), e cumpriu com seu papel.

E outra, qual é a sua militância como trabalhador para julgar e desmerecer este debate? Onde vc atua? Se fosse uma pessoa séria (nós sabemos q não), não falaria simplesmente de números, mas principalmente de conteúdo. Se não sabe, estudantes secundaristas estiveram junto em várias lutas dos trabalhadores, como nas greve dos gráficos e dos rodoviários, fechando fábricas e terminais. Não fale as coisas sem saber, ou melhor, não fale as coisas por puro oportunismo. Não irá abalar nossas convicções combativas e classistas! RECONSTRUIR O MOVIMENTO SEM A CORJA DO REFORMISMO SERÁ UMA TAREFA DIFÍCIL, MAS NOS DISPOMOS A ELA!

Anônimo disse...

Os cães ladram... mas a caravana não pára!!
Parabéns camaradas! Sabemos e vimos que as lideranças estudantis populares se transformam em centenas nas ruas, como bem demonstrou o movimento secundarista do DF ao longo desse ano! A vitória nas eleiçoes das diretorias dos grêmios e a construção das oposições só demosntra que os estudantes reconheceram a acertada política classista e combativa que vocês defenderam e colocaram em prática! Quanto a infiltrações, que o camarada faça como qualquer militante proletário sincero: apresente sua denúncia diretamente ao movimento.

Anônimo disse...

Seria realmente triste constatar a presença destas poucas 20 pessoas, se não compreendercemos o porque disso. Àos 20 lutadores presentes no debate, pode ficar claro a influência histórica negativa que movimentos como UNE e Ubes empregaram na organização estudantil de forma desmobilizadora, despolitizada e, o pior de tudo, extremamente colaboracionista e fracassada. Mas não somente estes pelegos profissionais ajudam estragar, mas também os atuais (ou nem tanto) porraloucas irresponsáveis e turistas de fim de semana, estes mesmo que você e muitos conhecem, que imprimem uma cultura de "luta"(?) com um pragmatismo espontaneísta e estéreo, principalmente ao longo prazo.

Prezamos, antes de tudo, pela política clara de combate ao governismo e ao neoliberalismo, e não por alianças desmedidas.

Talvez por isso, por sua falta de análise política e critérios de militância, venha essa postura parecida com o "quanto mais gente melhor". Não precisamos de suas sabedorias acerca do desenvolvimento da luta de massas. Tão pouco de pessoas como você.


AVANTE ESTUDANTES DO POVO!
CONSTRUIR A LUTA AO LADO DOS TRABALHADORES REVOLUCIONÁRIOS É NOSSO ÚNICO CAMINHO PARA VITÓRIA!