Acompanhem o breve relato dos principais pontos abordados no debate.
Foi realizado no último sábado, 13 de dezembro, o evento de debate do Movimento Estudantil combativo e classista do DF, que contou com cerca de 20 pessoas, trabalhadores e estudantes. Buscamos nesse fim de ano fazer uma retrospectiva de nossas lutas para assim reorganizar nossa militância para as próximas que virão em 2009.
O evento foi divido em dois blocos. O primeiro tinha por tema a "Análise de Conjuntura", e foi aberto com falas no sentido de compreender a dinâmica da luta de classes e como o movimento estudantil está inserido nela, entendendo como a educação atual reproduz as estruturas sociais desiguais do capitalismo. Dentro desse conflito entre as classes, foi frisado que os estudantes devem tomar uma postura clara de luta ombro-a-ombro com os trabalhadores em defesa dos diretos do povo, ressaltando, sobretudo, a necessidade de rompimento e combate aos setores parlamentaristas e reformistas que hoje, como força majoritária, burocratizam e traem lutas da classe trabalhadora. Justo por isso, como vínhamos denunciando tanto os governistas do PCdoB/UJS/UNE e a direção petista do SINPRO/CUT, também analisamos as traições exercidas pelos para-governistas¹, como é o caso da "Conlute"(PSTU) e FOE-UNE (PSOL), que neste ano também sabotaram diversas lutas (vide: ocupações na UNB e USP).
Lembramos ainda o duro ano que tivemos e os esforços em dar um primeiro passo na reorganização dos estudantes secundaristas no DF, cujas escolas foram duramente atacadas pelo GDF com sua política de ensino neoliberal, de privatização e sucateamento.
Construir um Movimento Estudantil Classista desenvolvendo sempre métodos de ações combativas e pela democracia direta, negando o cupulismo e a conciliação de classes, foi o acúmulo e o pontapé para as discussões do segundo bloco. Frisamos a necessidade de em 2009 desenvolvermos um maior trabalho de base nos colégios, para que este possa resultar no avanço da reorganização estudantil através de oposições e grêmios e que avancem conseqüentemente na articulação e solidariedade entre essas entidades (secundaristas e universitárias) para construirmos a luta geral. Ressaltamos a necessidade de estreitar laços nacionais com organizações estudantis revolucionárias do Brasil, assim como já iniciamos com os companheiros da ADE-RJ (Ação Direta Estudantil).
Foram discutidas outras diversas propostas organizativas e pautas de luta concretas para a construção do movimento, as quais serão encaminhadas no início do ano letivo em nossas reuniões e lutas! Convocamos todos os estudantes do povo a se unirem as nossas fileiras para juntos construirmos uma educação justa! ATÉ A VITÓRIA SEMPRE!
DESTRUIR A EDUCAÇÃO NEOLIBERAL!
CONSTRUIR A GREVE GERAL!
AVANTE! Trabalhador e estudante!
Participaram do evento estudantes do: CEAN – Grêmio Juventude Combativa, Setor Oeste – Oposição ao grêmio , Elefante Branco – Grêmio Ação Direta Estudantil, CEM 01 de Brazlândia – Grêmio Estudantil, GISNO, UNB – Oposição CCI ao DCE e pré-vestibulandos, além de companheiros da UNIPA – União Popular Anarquista e da oposição URDF - União dos Rodoviários do DF.
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¹- A prática para-governista se caracteriza pela contradição de afirmar no discursiva a luta contra o governismo sem no entanto realizar o necessário rompimento organizativo, ou seja, na prática, com os movimentos ligados ao governo.