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domingo, 28 de novembro de 2010

Pela solidariedade de classe em defesa do professor Marcléo


O professor Marcléo Rosséli é conhecido por sua longa e enérgica trajetória de lutas em prol das causas populares e do seu ativismo em defesa de EDUCAÇÃO E SERVIÇOS PÚBLICAS, DEMOCRATICOS E DE QUALIDADE. O companheiro é membro fundador da Conlutas- DFE. Por empregar uma pedagogia progressista nas escolas públicas que trabalhou, ter denunciado irregularidades e abusos de autoridade das gestões da administração pública onde passou, por ter atuado enquanto oposição às burocracias sindicais Cutistas, o companheiro vem sofrendo sistematicamente perseguições políticas, assédio moral e estigmatização social, sem contar as calúnias, salários cortados, tranferencias arbitrarias de locais de trabalho, rebaixamento em suas notas de estágio probatório, processos administrativos de demissão sem direito a defesa, adoecimento de sua saúde e precariedades financeiras, entre outros flagrantes abusos.

Aprovado em concurso público para a Fundação Educacional do DF na década de 90 foi injustamente demitido no período de seu estágio probatório através de um processo administrativo recheado de vícios e ilegalidades durante a gestão de Roriz e Eurides Brito (a mesma que foi filmada no escândalo do mensalão do DEM-DF, conhecida pelo seu autoritarismo e abuso enquanto Secretaria de Educação). Durante a gestão de Cristovam Buarque foi formada uma comissão revisora do seu processo contando com membros do Simpro-DF. Porém, por fazer parte do bloco de oposição ao sindicalismo pelego, foram retiradas as questões mais graves e absurdas na tentativa de dar legalidade e legitimidade ao processo, mantendo a maior penalidade: demissão do serviço público ao professor. Sendo de origem humilde e sem maiores recursos ou apoios, o companheiro ainda não conseguiu sua reintegração e reabilitação.

Em março de 2004, o companheiro Marcléo prestou novo concurso para docente em Valparaíso de Goiás. Por manter sua postura de militante, ter liderando a mais longas greves da categoria, ter lutado juntamente com à comunidade pela retirada de um lixão da cidade, estar a frente da campanha vitoriosa pelo não fechamento do EJA(Educação de Jovens e Adultos), entre outras diversas ações, foi novamente perseguido pelo governo e pelos burocratas do sindicato local, ligados a CUT e ao PT.

A partir da urgente necessidade de defesa do companheiro foi formada, em 2010, a Comissão de Combate ao Assédio moral e à Criminalização dos Movimentos Sociais e seus Militantes DF/Entorno, composta por sindicatos, organizações do movimento estudantil e popular e independentes (tais como SINDÁGUA-DF, SINDICAL, UNIPA, RECC E SINDMETRÔ- GESTÃO 2008/2010). Devido a tudo isso faz-se necessário que a classe trabalhadora reaja aos ataques da burguesia e da burocracia sindical eleitoreira, na solidariedade àqueles perseguidos políticos. Devemos partir do justo e valoroso principio de que: mexer com um trabalhador é mexer com toda nossa classe!



Reagir aos ataques da burguesia, do Estado e das burocracias sindicais!
Contra atacar em defesa dos trabalhadores!


sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Cartilha de Grêmios da RECC: Mais um passo para a organização e luta dos secundaristas.



RECC-Brasil lança uma cartilha nacional para contribuir política e organizativamente com a luta dos estudantes secundaristas.



Durante esse 1º e início de 2º semestre de 2010 foi produzida, por uma comissão de militantes secundaristas e universitários, a Cartilha Nacional da RECC: “Construir um Grêmio Estudantil de Luta”. Tal documento tem como fundamento principal estar servindo de base de apoio teórico-organizativo para a formação de grêmios estudantis nas escolas, e mais do que isso, estar delimitando uma direção política combativa, classista e democrática para a luta dos secundaristas.

Num momento de baixo grau organizativo e da quase paralização em certas lutas das massas estudantis e proletárias no Brasil, são muito importantes documentos orientadores como esse para não deixar bons companheiros “perdidos”. Muitos estudantes secundaristas que se interessam e compreendem a necessidade de combatemros as ofensivas dos governos, do Estado e dos capitalistas ao ensino, muitas vezes não encontram nem um ambiente nem situações favoráveis para se organizar. Alguns sintomas, comuns em várias localidades do Brasil, expressam uma hegemonia ideológica e material que a sociedade de consumo, a indústria cultural, a repressão policial, enfim, que o sistema capitalista impoe sobre os estudantes. Esse sintomas são: a extrema despolitização e desinteresse; o receio de represálias da diretoria e da polícia quando partimos para a luta direta (quando fazemos greve, ocupamops ruas e órgãos públicos); a noção de que Grêmio Estudantil é um braço das diretorias, um mero organizador de festas, algo como a Malhação/Rede Globo gostam de deturpar; a crença de que é o Estado e os partidos eleitoreiros, através do nosso voto, que defenderão nossa educação, quando na verdade somente os próprios estudantes organizados, aliados aos trabalhadores (professores, servidores de nossas escolas, rodoviários etc), poderão levar para frente a defesa e a conquista de nossas reais necessidades.

Dessa forma, incentivamos os estudantes sérios e honestos a romperem com estes paradigmas, e se esforçarem para se organizar coletivamente em suas escolas, seja através do Grêmio, Oposições ou Coletivos de Luta. Apontamos como princípios fundamentais dessa luta a ação direta (as ações realizadas única e exclusivamente através da força estudantil, recusando que terceiros intermediem nossos interesses), da democracia de base (criar e valorizar os espaços de discussão e deliberação onde todos os estudantes da escola tenha direito a voz e a voto, sendo estes os espaços soberanos, como assembléias, e intermediários, como conselho de representantes de turma, por exemplo), do anti-governismo (manter a completa independência do movimento estudantil frente ao Estado comandado por Lula e Dilma, e de partidos governistas como o PT e o PCdoB), o anti-reformismo (não utilizar a democracia burguesa - as eleições, câmaras, partidos eleitoreiros etc - como suposta arma de nossa luta, pois isto apenas nos desvia de nossos objetivos políticos e organizativos a curto e longo prazo) e o classismo (pois entendemos os estudantes como uma fração da classe trabalhadora, e devemos portanto estar aliados ás organizações de nossa classe - como sindicatos, movimentos camponeses, de desempregados etc).

Para combater a ofensiva neoliberal que, mais do que nunca, avança precarizando as escolas públicas, é fundamental ter organismos estudantis fortes e com uma justa direção para as lutas. Para piorar a situação, vemos estudantes entre nós que também são prejudiciais a esta luta. Os governistas da União Brasileira de Estudantes Secundaristas (UBES), principalmente, só utilizam os estudantes como massas de manobra para aprovarem leis, emendas e projetos de deputados e parlamentares de seus partidos, utilizando as escolas como currais eleitorais (do PT, PCdoB etc) ou empresariais (com a máfia das carteirinhas). Estas entidades com rabo preso com os governos só fazem atrapalhar nossas lutas mais imediatas e também a longo prazo. não organizam nem politizam os estudantes! Elas devem, portanto, ser rechaçadas.


Combater a UBES pelega e desenvolver a organização e a luta dos grêmios estudantis é condição essencial para conquista de uma educação popular.



Criar o poder estudantil através de cada sala de aula, cada escola e cidade! Construir um Movimento Estudantil Secundarista Nacional Classista e Combativo Pela Base!

Organizar para Lutar!
Lutar para organizar!